NEGOCIAÇÕES: CORTES FORAM A ORIGEM DA RUTURA

Passos e Seguro com versões diferentes das negociações
Passos e Seguro com versões diferentes das negociações

PS não cedeu em dar apoio parlamentar à 7.ª avaliação da troika, onde se incluiu o corte de 4,7 mil milhões.
Os cortes no Estado estiveram na origem da rutura entre PSD e PS. Já depois de o líder socialista, António José Seguro, ter sido ouvido em Belém pelo Presidente, o PSD enviou uma carta ao PS para manter o diálogo e tentar um entendimento de médio prazo, mas a resposta foi negativa. Seguro falou ontem à noite ao País para anunciar o que já se adivinhava quinta-feira à noite: não há acordo.
Nessa noite, Seguro ainda falou com alguns dirigentes do PS, a quem terá transmitido que não cederia a pressões, numa resposta a Mário Soares e outros elementos do partido, que exigiam a rutura. Mais, terá dito que se mantinha no processo negocial. Sinais positivos para Cavaco Silva. Horas mais tarde, o Presidente avaliou a posição dos partidos, e Seguro explicou aos portugueses que não valia a pena “prolongar as conversações”, acusando, PSD e o CDS de terem inviabilizado o acordo.