A vice-primeira-ministra e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, acredita que a China pode ser o elo que une a nova Casa Branca de Trump e o Governo liberal canadiano.
Apesar das duras palavras dos aliados mais próximos do presidente eleito Donald Trump em relação ao Canadá e ao primeiro-ministro Justin Trudeau em particular, Freeland disse que continua determinada a encontrar um ponto em comum com o novo Governo dos Estados Unidos da América (EUA).
Após a reunião do comité do gabinete Canadá-EUA, a 13 de novembro, Freeland referiu que a melhor maneira de colaborar com Trump é procurar resultados vantajosos para ambos os países.
Freeland disse que acredita que o seu Governo está numa posição melhor do que durante o primeiro mandato de Trump, com base no acordo de livre comércio Canadá-EUA-México, negociado por Trump e pelo ex-representante comercial Robert Lighthizer.
Outra diferença significativa, acrescentou Freeland, é que o Canadá “endureceu” a sua posição em relação à China desde essas negociações, apontando para as tarifas recentes de 100% sobre veículos elétricos chineses e 25% sobre aço e alumínio chineses.
Freeland descreveu a medida como a “decisão certa” para combater as políticas chinesas de excesso de capacidade de veículos elétricos, destinadas a saturar outros mercados e prejudicar os trabalhadores e as indústrias canadianas.