As tensões aumentaram no Parlamento a 7 de outubro, quando os deputados marcaram o aniversário de um ano do violento ataque do Hamas a Israel. A ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, exigiu um pedido de desculpas do líder conservador Pierre Poilievre depois de ele a ter acusado de bajular os apoiantes do Hamas.
A tensa troca de palavras começou no início do período de perguntas, quando Poilievre se levantou para denunciar o que chamou de “cantos genocidas de multidões odiosas” e pediu que o Governo fizesse o mesmo.
Joly respondeu inicialmente à pergunta de Poilievre lendo uma declaração preparada que listava os nomes das vítimas canadianas do ataque de 7 de outubro e prometeu apoiar os judeus canadianos.
Poilievre levantou-se novamente e insistiu que o Governo denunciasse os cânticos antissemitas. O ministro da Justiça, Arif Virani, então levantou-se e disse que o Governo se posiciona contra o ódio contra os judeus canadianos.
Após algumas perguntas de outros partidos da oposição, Poilievre levantou-se novamente e acusou Joly especificamente de se recusar a condenar cânticos antissemitas e de estar interessada apenas em substituir o primeiro-ministro Justin Trudeau como líder do Partido Liberal.
Joly respondeu, acusando Poilievre de politizar o aniversário solene e pediu-lhe que se desculpasse.
Poilievre respondeu acusando o Governo de dividir os canadianos e de não ser forte o suficiente no combate ao antissemitismo.
Após o período de perguntas, o ‘speaker’ da Câmara, Greg Fergus, disse que os comentários de Poilievre sobre “bajular o Hamas” não eram parlamentares e pediu ao líder conservador que retirasse o comentário.
Um porta-voz de Poilievre disse que Fergus agiu demonstrando o seu preconceito político e tentou censurar perguntas sobre o seu partido.
O conturbado período de perguntas terminou com um minuto de silêncio na Câmara dos Comuns para assinalar o aniversário do ataque de 7 de outubro.