A China informou a 3 de setembro que planeia dar início a uma investigação ‘antidumping’ sobre as importações de canola do Canadá. O anúncio surge após o comunicado de Ottawa de imposição de tarifas sobre os veículos elétricos chineses.
O Canadá seguiu o exemplo dos Estados Unidos da América (EUA) e da União Europeia e anunciou, na última semana de agosto, a aplicação de uma tarifa de 100% sobre as importações de veículos elétricos chineses e uma tarifa de 25% sobre o aço e o alumínio importados da China.
O Ministério do Comércio chinês informou que a China se opõe às medidas tomadas pelo Canadá face às importações do país, medidas estas que considera restritivas unilaterais e discriminatórias.
O Ministério chinês acrescentou que a China também decidiu iniciar uma investigação ‘antidumping’ sobre alguns produtos químicos canadianos, nomeadamente de canola.
Mais de metade da canola produzida no Canadá vai para a China, o maior importador de oleaginosas do mundo. A canola, também chamada de colza em certas variantes, é usada como óleo de cozinha e numa ampla gama de produtos, incluindo combustíveis renováveis.
Os contratos futuros de farelo de colza da China na Bolsa de Mercadorias de Zhengzhou subiram 6%, para 2.375 yuans (333,56 dólares) por tonelada métrica após o anúncio, atingindo seu maior nível desde 6 de agosto.
“As exportações de canola do Canadá para a China aumentaram significativamente e são suspeitas de ‘dumping’, atingindo 3,47 mil milhões de dólares em 2023, com um aumento de 170% no volume em relação ao ano anterior e um declínio contínuo nos preços”, disse o Ministério do Comércio da China.
Os preços da farinha de colza na China caíram 22% até agosto de 2024, devido à abundante oferta de sementes oleaginosas e ao aumento da produção doméstica.