O Governo federal interveio a 22 de agosto na disputa trabalhista ferroviária entre a Canadian Pacific Kansas City Ltd. (CN) e a Canadian National Railway Co. (CPKC), forçando uma arbitragem vinculativa.
Após meses de tensas negociações entre as empresas ferroviárias e o sindicato Teamsters, a CN e a CPKC impuseram uma ordem de bloqueio aos trabalhadores, por falta de um acordo, a 22 de agosto.
Mais tarde naquele dia, o ministro federal do Trabalho, Steven MacKinnon, pediu ao Conselho de Relações Industriais do Canadá (CIRB) que impusesse uma arbitragem vinculativa às partes. O ministro enfrentou pressão de grupos empresariais, que alertaram sobre as consequências económicas da paralisação e pediram que Ottawa resolvesse a disputa.
Ele também pediu ao conselho que ordenasse que as ferrovias retomassem as operações sob os termos do antigo acordo coletivo, até que novos acordos fossem firmados.
Após o anúncio do ministro, a CN disse, no final do dia, que o bloqueio da sua parte tinha sido suspenso, em antecipação a uma ordem formal do conselho, enquanto a CPKC referiu estar a preparar-se para reiniciar as operações, sem detalhar a data de retorno.
A CPKC também disse num comunicado que o CIRB convocou uma reunião urgente na quinta-feira, dia 22, à noite, sobre o retorno do serviço, mas observou que o sindicato dos camionistas se recusou a discutir a retoma do serviço e quer fazer alegações para contestar a constitucionalidade da orientação de MacKinnon.
A paralisação afetou não apenas as cadeias de suprimentos em todo o país, mas também dezenas de milhares de passageiros em Toronto, Montreal e Vancouver, durante os dias 22 e 23 de agosto, utilizadores de transportes cujas linhas operam em trilhos de propriedade da CPKC.
Nova reunião entre as empresas, sindicato e conselho ficou agendada para dia 23 de agosto, mas até ao fecho desta edição ainda não havia mais respostas para os canadianos.