À medida que o número de casos de mpox aumenta, não só na África, como em outros países, como o Canadá, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou novamente o vírus de emergência global de saúde pública, a 14 de agosto.
Esta segunda declaração surge dois anos depois da OMS ter declarado pela primeira vez o mpox como emergência global. Apesar do registo de diminuição dos casos, o vírus tem aumentado dramaticamente desde janeiro de 2024.
Um dos principais motivos para ser declarado emergência internacional, segundo a OMS, é o surgimento de uma nova variante de mpox, chamada Clade II, que se está a espalhar rapidamente e a causar doenças mais graves.
No Canadá, o Toronto Public Health (TPH) informou, a 13 de agosto, que até 31 de julho houve um total de 93 casos confirmados do vírus, em comparação aos 21 casos do mesmo período em 2023. O maior pico de surgimento de casos foi entre junho e julho, segundo a entidade de saúde.
O TPH partilhou a sua preocupação, associando a contaminação aos grandes eventos e festivais da cidade e solicitando aos residentes elegíveis que se vacinem contra a mpox.
No Canadá a vacina implica duas doses, a segunda 28 dias após a primeira, sendo autorizada e utilizada para imunização em adultos com 18 anos ou mais, que apresentem alto risco de exposição.
A entidade de saúde canadiana alertou que este maior risco, de acordo com os casos que têm surgido, são em pessoas que tiveram contacto íntimo ou sexual com uma pessoa contaminada, sendo o maior número de afetados entre bissexuais e homens que praticam relações sexuais com outros homens.
O departamento de saúde pública de Toronto alerta, ainda, que contágio não ocorre estritamente no ato sexual, podendo ocorrer pelo contacto com com fluidos corporais ou crostas e itens pessoais contaminados, como roupas, roupas de cama, brinquedos sexuais ou escovas de dentes.