Os chefes de polícia do Canadá pediram a todos os níveis de governo que forneçam mais financiamento, mão de obra, treino e apoio moral, para lidar com o crescente número de protestos em todo o país.
O pedido foi parte de uma resolução, datada de julho, apresentada na 119.ª cúpula anual da Canadian Association of Chiefs of Police (CACP) em Halifax, que decorreu de 11 a 13 de agosto.
Na resolução consta o pedido de ajuda do governo para o fornecimento aos serviços policiais de recursos humanos e financeiros adicionais, bem como o treino e o equipamento necessários, para administrar o aumento do volume e dos riscos de protestos e manifestações.
O encontro serviu, assim, para analisar o impacto dos conflitos globais nas comunidades canadianas de uma perspetiva policial.
De acordo com a CACP, as questões nacionais e os conflitos globais levaram a um aumento de protestos e manifestações em todo o Canadá, criando uma necessidade insustentável de atuação por serviços e operações policiais.
Os chefes canadianos disseram que os protestos se tornaram uma oportunidade para os ativistas causarem distúrbios, estando a evoluir rapidamente de manifestações pacíficas para situações de maior risco e representando uma ameaça maior para os polícias e para a segurança pública.
Como resultado disto, as interações entre a polícia e a comunidade em manifestações têm envolvido mais agressões verbais e físicas, aglomerações e comportamentos ameaçadores contra a polícia, segundo os chefes.
Mas o problema destas interações negativas entre a polícia e a população tem sido verificado não só no Canadá, como em outras partes do mundo, o que afeta a forma como a polícia é tratada na própria comunidade.
E com isto, foi solicitado ainda apoio no âmbito da imigração, que também tem desempenhado um papel na violência nos protestos, segundo os chefes, uma vez que em certos países, o uso da violência é aceite como forma de expressão ou ativismo, e milhares de pessoas oriundas destes países continuam a chegar ao Canadá a cada ano.
Para além disso, a associação pediu também uma legislação que torne ilegal coleta de dados policiais para divulgação de informações pessoais em redes sociais ou outras plataformas online, com intenção maliciosa.