O primeiro dia de agosto de 2024 ficou marcado pela maior troca de prisioneiros desde o fim da Guerra Fria, envolvendo a libertação de 26 indivíduos.
O canadiano Paul Whelan e um cidadão canadiano honorário, Vladimir Kara-Murza, foram libertados a 1 de agosto, quando os Estados Unidos da América (EUA) e a Rússia concluíram a maior troca de prisioneiros na história pós-soviética.
Whelan nasceu no Canadá, filho de pais britânicos. A família mudou-se mais tarde para Michigan. O ex-executivo de segurança corporativa e marinha dos EUA foi preso em 2018 em Moscovo, onde participava no casamento de um amigo. Foi condenado por acusações de espionagem, que ele e os EUA disseram serem falsas, e estava a cumprir uma pena de 16 anos de prisão.
Vladimir Kara-Murza, líder da oposição e ativista russo, foi detido na Rússia em 2022 após sobreviver a duas tentativas de envenenamento. Recebeu cidadania canadiana honorária em junho de 2023. Em comunicado no início deste verão, o primeiro-ministro Justin Trudeau elogiou a sua coragem e dedicação à democracia.
Trudeau disse, na quinta-feira, dia 1, que os presos políticos foram detidos injustamente e que a sua liberdade já deveria ter sido concedida há muito tempo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Canadá afirmou que está comprometido em pôr fim ao uso de pessoas como moeda de troca nas relações diplomáticas, observando que 75 países apoiaram a Declaração Contra a Detenção Arbitrária liderada pelo Canadá, lançada em 2021.
A ministra dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, disse numa publicação nas redes sociais que é um “imenso alívio” ver Whelan, Gershkovich e Kara-Murza livres.