O trânsito de Toronto atingiu o ponto de crise de congestionamento, de acordo com os dados coletados pela IPSOS para um estudo do Conselho de Comércio da Região de Toronto.
Os dados coletados indicam que o crescente congestionamento leva a uma parcela da população que integra a força de trabalho a considerar deixar a GTHA, com 53% dos entrevistados indicando que já pensaram na mudança para escapar ao trânsito.
Da faixa etária de 18 a 34 anos, um grupo demográfico de talentos-chave, 64% consideraram mudar-se. Esta possibilidade exerce pressões significativas sobre a capacidade das empresas de manter os melhores talentos e presenças dentro do núcleo, da força de trabalho em desenvolvimento.
46% dos entrevistados relataram que o seu tempo de deslocação para o trabalho aumentou em comparação há um ano e 62% afirmaram relutância em viajar para o trabalho, devido aos atrasos causados pelo trânsito. Isto dificulta a tentativa crescente dos empregadores de trazer os trabalhadores de volta ao escritório três ou mais dias por semana.
Os moradores indicam que os tempos de viagem sufocantes forçaram a alteração das suas rotinas e atividades, com: 42% a evitar ir às compras, participar em eventos desportivos ou de entretenimento; 38% a evitar jantar fora e 31% a evitar visitar família e amigos.
Estas mudanças de comportamentos nos consumos sinaliza possíveis perdas, tanto na receita, quanto nos empregos nos setores de varejo e hospitalidade, paralisando a recuperação do centro da cidade e o crescimento económico de forma mais ampla.
A maioria dos entrevistados apontou a construção como a principal causa do congestionamento, com três quartos indicando apoio a obras de 24 horas nas estradas ou à construção de transporte público para acelerar os cronogramas.
Este estudo acontece na sequência do fecho da faixa entre a Dufferin St. e a Strachan Ave, por motivo da reabilitação da Gardiner Expressway, que iniciou em abril de 2024..
Entretanto, o Conselho de Comércio da Região de Toronto montou uma força tarefa de congestionamento que está a trabalhar para desenvolver um plano de ação de combate ao crescente congestionamento, com lançamento previsto para o início do ano que vem.