ALUNOS DA MCMASTER PODERÃO ENFRENTAR ACUSAÇÕES DE CRIME DE ÓDIO

Mais de 600 alunos votaram durante uma assembleia geral do sindicato dos Estudantes McMaster (MSU) para o sindicato participar num movimento pró-palestiniano chamado BDS. (Terry Asma / CBC)
Mais de 600 alunos votaram durante uma assembleia geral do sindicato dos Estudantes McMaster (MSU) para o sindicato participar num movimento pró-palestiniano chamado BDS. (Terry Asma / CBC)
Mais de 600 alunos votaram durante uma assembleia geral do sindicato dos Estudantes McMaster (MSU) para o sindicato participar num movimento pró-palestiniano chamado BDS. (Terry Asma / CBC)
Mais de 600 alunos votaram durante uma assembleia geral do sindicato dos Estudantes McMaster (MSU) para o sindicato participar num movimento pró-palestiniano chamado BDS. (Terry Asma / CBC)

Os grupos de estudantes que apoiam o movimento global Boycott, Divestment and Sanctions (BDS), que tem como objetivo colocar pressão económica e política em Israel, poderão enfrentar novas pressões de uma fonte extremamente poderosa: o governo de Harper.
Neil Macdonald, da CBC, noticiou na segunda-feira de manhã que o governo federal está a sinalizar a intenção de utilizar leis sobre crimes de ódio contra os grupos canadianos que incentivam o boicote de Israel.
Um desses grupos é o sindicato dos estudantes da Universidade McMaster, que votou a favor do movimento global BDS, em março passado, em relação a questões relacionadas com os territórios ocupados e o povo palestiniano.
O ministro da Segurança Pública canadiana Steven Blaney, disse que o governo está a tomar uma abordagem de “tolerância zero” para o BDS.
Em março, os estudantes na assembleia geral anual da McMaster Student Union votaram em relação a apoiar a campanha BDS, onde 622 pessoas votaram a favor da resolução e 28 votaram contra.
Os membros da campanha BDS comemoraram a votação, dizendo que esta vai ajudar a fazer do BDS um “modo de vida” na McMaster. “[Estamos] a usar essa tática não-violenta para ajudar a pôr fim à ocupação e trazer mudanças positivas para o povo palestiniano”, lê-se num comunicado de imprensa enviado após a votação.
Mas nem todos viram isso como algo positivo. Num artigo de opinião no jornal estudantil da McMaster The Silhouette, Sean Haber no Campus da McMaster Israel denunciou o movimento BDS.
Estudantes da Universidade de York, votaram a favor do BDS em 2013. Os alunos da University of Windsor também votaram a favor de um referendo no ano passado. O movimento também é apoiado pela Igreja Unida do Canadá e pelos Canadian Quakers, bem como pelos sindicatos.
Grupos de liberdades civis dizem que qualquer acusação desses grupos seria por certo contestada no âmbito da Carta dos Direitos e Liberdades.