Pela primeira vez na história da cimeira do G7 houve a participação de um papa.
No caso, o Papa Francisco, esteve presente no segundo dia da cimeira do G7 e, em discurso, desafiou os líderes das democracias mais ricas do mundo a manterem a dignidade humana no desenvolvimento da inteligência artificial. O Papa deixou ainda um alerta para o risco de transformação das relações humanas em algoritmos perante o desenvolvimento desta poderosa tecnologia.
Francisco, apelando à ética, pediu aos políticos que sejam líderes e centrem a inteligência artificial no ser humano, para que as decisões continuem a ser tomadas por humanos e não por máquinas.
“Precisamos de garantir e salvaguardar um espaço para o controlo humano adequado sobre as escolhas feitas pelos programas de inteligência artificial: a própria dignidade humana depende disso.”, apelou Francisco.
Para além do seu discurso sobre a inteligência artificial, o Papa Francisco participou numa série de reuniões bilaterais durante o dia 14 de junho, segundo dia da cimeira.
O líder da Igreja Católica reuniu-se com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy e com os líderes convidados da Argélia, Brasil, Índia, Quénia e Turquia.
No fim da sua agenda de reuniões, esteve com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América, Emmanuel Macron, presidente francês, e com Justin Trudeau, primeiro-ministro canadiano.
Justin Trudeau também teve uma agenda preenchida no segundo dia da cimeira do G7, tendo reunido com o Papa Francisco, mas também com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
O líder canadiano participou, ainda, numa sessão de trabalhos sobre a migração.