Ontário está a tentar construir 1,5 milhões de novas casas até 2031, numa média de 150 000 por ano. Em 2023 só alcançou as 109.000 casas, começando a contabilizar a construção de caves, suítes com jardim e quartos de cuidados prolongados como novas habitações. Também as residências para estudantes ou lares para a terceira idade serão incluídos nos cálculos.
O antigo ministro da habitação, Steve Clark, partilhou que o objetivo estava fora da sua alçada, devido às taxas de juro e inflação vivenciada no momento.
No entanto, sinais de melhoria fazem-se sentir com o primeiro passo do Banco do Canadá a reduzir a sua taxa de juro de referência em 25 pontos percentuais, a 5 de junho.
Após o anúncio do Banco do Canadá e as palavras de esperança proferidas por Tiff Macklen, governador do Banco do Canadá, de que novos cortes poderão ocorrer se a inflação continuar a abrandar, os canadianos e outros dirigentes começam a expectar novas mudanças.
O ministro da Habitação do Ontário, Paul Calandra, não ficou indiferente e demonstrou-se expectante de que esta redução das taxas pode ajudar a estimular o desenvolvimento da habitação.
Muitos dos intervenientes no sector da construção e do desenvolvimento citaram as elevadas taxas de juro como um problema no atraso da construção de novas casas no Ontário. Os construtores têm tido dificuldade em obter empréstimos a bom preço para construir e os potenciais compradores têm-se recusado a pagar as taxas de hipoteca.
“Quando as taxas de juro deixaram de subir, houve algum otimismo”, afirmou Calandra, na expectativa de que quem adiou as construções, retorne aos projetos.
O premier de Ontário, Doug Ford, também disse estar confiante de que a pequena descida estimulará a construção de casas em toda a província.
“Acredito que quando se baixa a taxa de juro, as casas surgem como cogumelos por todo o lado”, disse.