Uma escola judaica de Montreal foi atingida a tiros durante a noite de dia 29 de maio, à semelhança de um tiroteio ocorrido numa escola judaica para raparigas, em Toronto, no fim-de-semana de 25 e 26 de maio.
Com estas escolas judaicas a serem alvo de alguns incidentes perturbadores, o Primeiro Ministro de Toronto ,Justin Trudeau, e o Primeiro Ministro de Ontário, Doug Ford, não ficaram indeferentes.
Na manhã de quinta-feira, dia 30, Trudeau referiu estar revoltado com o que tem acontecido, denominando de “actos vis e desprezíveis de antissemitismo”.
O Primeiro Ministro afirmou, também, que os funcionários federais têm trabalhado com as autoridades policiais locais, para identificar e responsabilizar os autores dos disparos.
“Não podemos e não deixaremos que este antissemitismo se mantenha no Canadá”, disse Trudeau.
Ford também se juntou a Trudeau, acrescentando que não podemos permitir que as pessoas da comunidade judaica sejam atacadas como têm sido.
“Estes tipos têm de ser apanhados, têm de ser castigados, têm de ser atirados para a cadeia”, disse Ford.
Ford sugeriu ainda, sem qualquer prova, que os imigrantes podem estar por detrás do tiroteio de Toronto.
“Já chega, vocês trazem os vossos problemas de todo o mundo, trazem-nos para Ontário e vão atrás de outros canadianos, como disse o Primeiro-Ministro, é inaceitável. Tenho uma ideia, antes de planearem mudar-se para o Canadá, não venham para o Canadá se vão começar a aterrorizar bairros como este. É tão simples quanto isso”, disse Ford, visivelmente irritado.
Os membros da oposição em Queen’s Park consideraram os comentários do primeiro-ministro ofensivos e insultuosos para os recém-chegados e pediram-lhe que pedisse desculpa por ter escolhido um grupo específico.
A polícia de Toronto divulgou imagens de um veículo suspeito envolvido no tiroteio. Dois suspeitos estão a ser procurados, mas as descrições são limitadas, tendo a polícia dito apenas que ambos usavam roupa escura e fugiram num veículo de cor escura.