JUROS DA DÍVIDA COMEM SACRIFÍCIOS

Passos Coelho e a sua ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque
Passos Coelho e a sua ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque
Passos Coelho e a sua ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque
Passos Coelho e a sua ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque

O encargo total com os juros e amortizações da dívida pública já ultrapassa os 14,3 mil milhões de euros.
Os encargos do Estado com os juros e amortizações da dívida pública estão a absorver os sacrifícios dos portugueses: em 2012 e 2013, o encargo total com os juros e amortizações da dívida pública irá ultrapassar os 14,3 mil milhões de euros, um valor superior ao corte de 10,6 mil milhões de euros aplicado pelo Governo no rendimento dos portugueses desde junho de 2011, por via da redução dos salários dos funcionários públicos e das pensões e da subida dos impostos.
A análise da evolução do valor da dívida e dos seus encargos financeiros deixa claro que a austeridade, além de estar a asfixiar a economia, está a ser utilizada para financiar a despesa cada vez mais elevada com os juros da dívida. Ou seja, como o endividamento do Estado não pára de aumentar, quer a poupança obtida com a redução da despesa do Estado quer o aumento da receita fiscal estão a ser ‘comidos’ pelo crescimento imparável dos encargos com juros.