‘Open house’: Nova sede da LiUNA 183 reflete crescimento do sindicato

A LiUNA Local 183 vai ter em breve uma sede maior e mais moderna. No último sábado, dia 18 de maio, e no domingo, dia 19 de maio, os membros da LiUNA e os seus familiares visitaram as futuras instalações em Vaughan.

Um desenho futurista e moderno, aliado à funcionalidade e eficiência – é assim a nova sede da LiUNA 183. O novo edifício está quase concluído.

A antiga sede em North York ficou pequena para o tamanho do sindicato. Construída há mais de 30 anos, em 1991, quando o número de membros era de cerca de 15 mil pessoas, a antiga sede deixou de ter a estrutura necessária para atender às necessidades dos membros do sindicato. Atualmente, a LiUNA 183 já conta com mais de 70 mil associados.

O lugar escolhido para a nova sede foi Vaughan, a norte da cidade de Toronto. A deslocação ocorreu num contexto de mudança do perfil dos membros que hoje, em grande parte, residem fora de Toronto. O anúncio foi feito em 2018, mas a construção só foi iniciada três anos depois, em 2021, por causa da pandemia da Covid-19. Três anos depois, a nova sede está quase pronta.

O prédio consiste numa torre de seis andares, conectada a uma ala de três andares, que repousa por cima de um moderno salão de eventos, com capacidade para 3 mil pessoas.

Projetada por David Dow, diretor do escritório de arquitetura Diamond Schmitt, a nova sede tem mais de 27 mil metros quadrados, o equivalente a quase três campos de futebol.

O edifício conta com diversos escritórios, clínicas médicas, farmácia, serviços financeiros, salas de formação, instalações recreativas e um consultório dentário, que, quando estiver pronto, deverá ser um dos maiores do país.

A preocupação com o meio ambiente também é evidente. Em cima do salão de eventos, um bonito telhado verde chama a atenção. Com plantas a cobrir a estrutura de concreto, o prédio contribui para a melhoria na qualidade do ar e redução de ilhas de calor. No subsolo, vários espaços vagos estão prontos para receber veículos elétricos com carregadores de alta voltagem. No último andar, na casa de máquinas, equipamentos de última geração mantêm toda a infraestrutura do prédio a funcionar com alta eficiência e economia energética.

Durante o ‘open house’ da nova sede, os membros do sindicato aprovaram o que viram.

“É um edifício enorme. Talvez um dos maiores [do género] na América do Norte. É um orgulho para todos os membros da LiUNA”, disse o sócio luso-canadiano António Louvado, ao Correio da Manhã Canadá (CMC).

António Antunes, também membro da Local 183, disse que o edifício é “maravilhoso”. “Um lindo trabalho, muito eficiente, acho que os nossos membros precisam disto”, acrescentou.

“Tem áreas esplêndidas. Mesmo aqui na parte de fora, podemos fazer um churrasco. Temos espaço para tudo. É um ponto de encontro para os membros, mas não só”, referiu, por sua vez, o sócio João Cardoso, ao nosso jornal.

Outro membro luso-canadiano, Carlos Ferreira, elogiou a “boa organização” do novo espaço. “Todos juntos, temos força. Todos os membros criaram isto. É um grande orgulho”, acrescentou.

Os diretores da LiUNA também comemoraram este grande marco na história do sindicato.

“Os primeiros escritórios que tivemos eram na St. Clair e Oakwood. Só usávamos metade da casa. Depois, passámos para a Dupont. Da Dupont, fomos para a Wilson e agora, este aqui, é a ‘cereja no topo do bolo’. Com uma estrutura destas, acho que nenhum sindicato vai conseguir chegar onde já chegámos”, disse Joel Filipe, presidente do CCWU – Canadian Construction Workers Union, ao CMC.

Também Bernardino Ferreira, ‘sector coordinator’ do sindicato, manifestou agrado: “Para mim é o dia mais alegre e mais feliz da minha vida. Este edifício era de facto preciso para os nossos membros.”

“Há alguns anos atrás, provavelmente pouca gente achava que conseguiríamos fazer esta obra, mas chegámos aqui”, acrescentou Evaristo Paisana, ‘business representative’ da LiUNA Local 183.

Robert Tamburini, outro ‘business representative’ do sindicato, falou sobre a necessidade de uma sede nova, devido ao rápido crescimento do sindicato: “Crescemos a uma velocidade rápida e continuamos a crescer. Por isso, era altura de nos mudarmos para aqui. As instalações são de última geração e os membros vão adorar este sítio”, referiu.

Também o ‘business manager’ da LiUNA Local 183, Jack Oliveira, disse ao CMC que a nova sede reflete o crescimento exponencial do sindicato e destacou os serviços que o edifício vai disponibilizar.

“Os nossos sócios estão a ver o fruto das árvores que têm plantado ao longo dos anos e eu acho que vamos ter condições muito especiais aqui. Este edifício vai ter uma clínica médica com todos os serviços que eles precisam. Eventualmente, vamos ter um equipamento de ressonância magnética, já está o quarto feito para isso”, referiu Jack Oliveira.

“Isto é o chamado ‘one stop shop’, um espaço onde os nossos sócios podem fazer tudo, seja consultar um médico, fazer exames de sangue ou receber assistência noutras áreas.”

O ‘business manager’ da LiUNA Local 183 disse ainda esperar que o sindicato continue a crescer: “Isto foi feito para servir os nossos sócios, não só os mais de 70 mil que já temos. Que venham mais 30, 40 ou 50 mil membros!”

“Este é um sonho realizado, mas ainda temos outros sonhos para realizar, não terminamos aqui. A LiUNA e a Local 183 têm uma capacidade enorme”, acrescentou.

Jack Oliveira referiu-se ao sindicato como uma “família” e descreveu o ‘open house’ como um dia de “muita felicidade” para todos.

“Isto é dos nossos sócios. Isto não aconteceria sem o trabalho dos nossos sócios. Os nossos pensionistas tiveram uma visão enorme nos anos 50. Por tudo isso, estamos aqui hoje, unidos.”

O presidente da LiUNA internacional Brent Brooker, e o vice-presidente Joseph Mancinelli também visitaram a nova sede e assinaram uma das vigas metálicas do edifício.