O défice previsto para este ano mais do que quadruplicou em Ontário, para 5,6 mil milhões. O problema são as taxas de juro e da inflação. Os números foram avançados hoje pelo ministro provincial das Finanças, na sua declaração económica de outono.
O caminho para o equilíbrio orçamental em Ontário vai ser mais longo do que o previsto na primavera passada. Quem o diz é o ministro das Finanças, citando as taxas de juro elevadas e a inflação persistente, que exercem pressão sobre a economia da província.
O défice previsto para este ano mais do que quadruplicou para 5,6 mil milhões de dólares, contra 1,3 mil milhões de dólares em março. Números revelados por Peter Bethlenfalvy na sua última declaração económica de outono, esta quinta-feira, dia 2 de novembro. Um excedente moderado de 200 milhões de dólares que se esperava para o próximo ano será, na melhor das hipóteses, um défice de 5,3 mil milhões de dólares.
As perspetivas orçamentais atualizadas estão associadas a revisões em baixa das projeções de crescimento e da criação de emprego para os anos fiscais de 2024 e 2025.
“Como adverti muitas vezes ao longo do ano passado, não estamos imunes ao risco de um abrandamento económico”, diz Bethlenfalvy.
“Os impactos da inflação elevada e os rápidos aumentos das taxas de juro do Banco do Canadá estão a pesar sobre as perspetivas económicas de Ontário para o resto deste ano e para o próximo.”
O governante também anunciou um investimento adicional de 100 milhões de dólares no ‘Invest Ontario Fund’. O fundo visa atrair empresas, especialmente dos setores da produção avançada, da tecnologia e das ciências da vida.
Além disso, Bethlenfalvy anunciou a intenção do Governo de criar um novo banco de infraestruturas. Com um financiamento público inicial de 3 mil milhões de dólares, o objetivo é ajudar a financiar grandes projectos de infraestruturas públicas, nomeadamente nos setores dos cuidados prolongados, da energia e da habitação a preços acessíveis.
“Seguindo os passos de muitas outras jurisdições em todo o mundo com entidades semelhantes, o banco vai atrair investidores institucionais de confiança para ajudar a financiar infraestruturas essenciais que, de outra forma, não seriam construídas”, diz o ministro.