Portugal vai poder pescar mais 92% de bacalhau na zona económica exclusiva do Canadá. As negociações decorreram na reunião anual da organização das pescas do Atlântico Noroeste, em Espanha. Os armadores dizem que é uma boa notícia para a indústria.
O bacalhau é um dos pratos mais presentes na gastronomia portuguesa. Em Toronto, no atual mês de setembro, o Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, falou dessa identidade nacional.
“Nós somos fado, nós somos bacalhau, somos caldo verde”, disse o chefe de Estado português.
No Canadá, as redes de pesca de Portugal estão prontas para pescar mais 2.296 toneladas, um aumento de 92% face a 2023. Valores que, segundo a imprensa portuguesa, animam o setor da Associação dos Armadores das Pescas Industriais.
Em comunicado, a ministra da Agricultura de Portugal, Maria do Céu Antunes, considera o aumento “muito positivo para a frota bacalhoeira portuguesa, contribuindo para o reforço da rentabilidade desta frota e para que esta espécie tão apreciada continue a chegar às mesas pelas mãos dos pescadores”.
As negociações chegaram a bom porto, na reunião anual da organização das pescas do Atlântico Noroeste, na cidade de Vigo, em Espanha.
As boas notícias não devem baixar o preço do bacalhau, até porque Portugal consome muito mais do que captura, avisa o setor dos armadores.
Agora, os valores voltam a aproximar-se das quotas de 2010. Portugal tem nove barcos com capacidade para operar no Canadá e na Noruega, menos do que antigamente, mas suficiente para as quotas disponíveis.