

Luís Carito, o vice-presidente da Câmara de Portimão que está em prisão preventiva por suspeitas de corrupção, tem uma casa de dois milhões de euros em Ferragudo, no Algarve, apurou a Polícia Judiciária (PJ) durante as investigações. Foram ainda encontradas moradas diferentes de imóveis na Praia da Rocha e em Lisboa.
Ao que o CM apurou, os investigadores da PJ só encontraram uma conta em nome do autarca cujo saldo não justificaria estes bens. A casa de Ferragudo foi adquirida, segundo fonte próxima, através de um empréstimo a um banco e está em nome de Luís Carito, que tem um rendimento mensal de cerca de dez mil euros. O autarca terá comprado a moradia há uns anos para arrendar. A mesma fonte sublinha que Luís Carito tem rendimentos provenientes das suas várias atividades, nomeadamente participações em empresas, que lhe permitem apresentar provas em tribunal da origem dos seus bens, e que já foi casado com uma pessoa que tinha fortuna pessoal. A provar essa situação junta-se ainda o facto de o autarca ter, alegadamente, a sua situação fiscal em dia. “O seu IRS também prova o seu estilo de vida”, sublinhou a mesma fonte.
Luís Carito está detido nas instalações da Polícia Judiciária, onde a guarda que seja autorizada a sua transferência para prisão domiciliária com pulseira eletrónica. Soube o Correio da Manhã que já foram entregues os relatórios sociais necessários para que seja autorizada a instalação do equipamento de controlo da pulseira na residência do autarca. O vice-presidente da Câmara de Portimão, que se encontra com funções suspensas como medida de coação, deverá regressar a Portimão já esta semana, mas não poderá sair de casa.