A Maçonaria em Portugal vai a eleições no próximo sábado, com 3 candidaturas a disputar a liderança do Grande Oriente Lusitano. Com mais de 200 anos de história, o GOL é a mais antiga Obediência portuguesa e uma das mais antigas do mundo. O secretismo e a discrição têm caracterizado essas práticas ao longo dos anos, mas pelo que se avizinha há maçons em Portugal que pretendem modernizar regras, acompanhar os novos tempos e debater os sinais de mudanças.
Para Luís Parreirão, um dos candidatos a Grão-Mestre, e de acordo com o seu Programa, “é urgente desenvolver um trabalho que mantenha o contacto com outros irmãos espalhados pelo mundo e que são verdadeiros embaixadores da causa nos locais onde vivem. Nomeadamente tantos jovens que deixaram Portugal e que através do GOL podem manter uma relação mais viva e rica com Portugal.”
Este é um discurso inovador e atualista, ao considerar a diáspora portuguesa e a sua relevante relação com a Maçonaria.
As mudanças que se esperam, podem alterar a visão que o mundo faz da Maçonaria.
Quando o tema é uma sociedade fechada nem sempre as opiniões são assertivas e, em consequência, transportam muita especulação, essencialmente acerca dos rituais e da força das influências.
Luís Parreirão, numa breve declaração ao CMC, afirmou que, consigo, terão de ser os maçons a “dizer o que são, o que querem e o que fazem. Sem esperar mais tempo. É essencial pensar o exterior, agir sobre ele, e, em simultâneo, reformar o interior”.
As eleições terão lugar em todo o país a 30 de Outubro próximo.