ÉBOLA: POLÍTICAS DO FMI CRITICADAS NOS PAÍSES AFRICANOS MAIS AFETADOS – ESTUDO

LusaLondres, 22 dez (Lusa) — As exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) em matéria de rigor financeiro enfraqueceram os sistemas de saúde dos países africanos mais afetados pelo Ébola e impediram uma resposta coordenada para lutar contra a epidemia, afirmaram investigadores.

De acordo com especialistas do departamento de sociologia da Universidade de Cambridge, da Universidade de Oxford, e da Escola de Medicina e Higiene & Medicina Tropical de Londres, os programas de reformas exigidos pelo FMI atrasaram o desenvolvimento de serviços de saúde eficazes na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa, os três países no epicentro da epidemia que causou mais de 7.370 mortos em um ano.

“Uma das principais razões da expansão da epidemia foi a fraqueza dos sistemas de saúde da região”, disse o principal autor do estudo, o sociólogo de Cambridge, Alexander Kentikelenis.