DESALOJADOS DO VULCÃO DO FOGO SEM SABER O QUE PENSAR SOBRE FUTURO

Lusa Achada Furna, Cabo Verde, 29 nov (Lusa) – Margarida de Pina Silva, 26 anos, chegou ao centro de acolhimento de Achada Furna há dois dias. Hoje, passada quase uma semana sobre o início das erupções vulcânicas na ilha cabo-verdiana do Fogo, afirma desconhecer o futuro.

“Isabel”, o “nominho” (alcunha), tem três filhos menores, que trouxe consigo logo que lhe foi possível abandonar Portela, localidade em pleno centro de Chã das Caldeiras e cuja população, de pouco mais de mil habitantes, foi retirada ao longo da semana.

Da casa perdeu apenas as paredes e o teto. O resto veio tudo – portas, janelas, camas, colchões, móveis, televisão, pratos, talheres, etc. Fora de casa, sente-se “culpada” por não ter trazido mais coisas do pequeno hotel, de cinco quartos, em que trabalhava na cozinha e também por não ter podido salvar a pequena horta.