PRR: Costa anuncia reforço da digitalização dos consulados e ensino à distância do português

Andorra-a-Velha, 20 abr 2021 (Lusa) – O primeiro-ministro anunciou hoje que, através do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), haverá um reforço dos investimentos na digitalização da rede consular portuguesa e dos meios para o ensino à distância do português.

António Costa destacou estas duas linhas do PRR no seu discurso perante representantes da comunidade portuguesa de Andorra, antes da intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com quem estará até quarta-feira para participarem na XXVII Cimeira Ibero-Americana.

“Um dos grandes investimentos que temos de fazer – e que vamos fazer – é precisamente na nossa rede consular. No âmbito da União Europeia, foi criado o PRR e, no quadro desse programa, há uma verba muito significativa confiada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para desenvolver duas linhas fundamentais: Uma, o ensino do português à distância, que é absolutamente essencial; e em segundo lugar, para podermos ter uma rede consular verdadeiramente digital”, declarou o primeiro-ministro.

Dirigindo-se à plateia – onde estavam sentados em representação da comunidade portuguesa, além do conselheiro das José Manuel Gonçalves, oito membros de associações e grupos lusos, 12 empresários e profissionais liberais, quatro dos setores do ensino, cultura e comunicação social, quatro lusodescendentes eleitos nas câmaras locais, e três do consulado honorário de Portugal em Andorra -, António Costa deixou-lhes uma sugestão:

“Se cada um de vós é um embaixador português em Andorra, é absolutamente essencial que, através de um computador ou de um ipad, possam ter o vosso consulado sempre junto de vós. Estas ferramentas digitais permitem hoje vencer as distâncias que antigamente só fisicamente eram possíveis de vencer. Passa a ser possível praticar todos os atos consulares, com exceção da recolha de dados biométricos, através da via informática”, defende.

A Embaixada de Portugal em Andorra foi encerrada pelo Governo PSD/CDS, liderado por Pedro Passos Coelho, e a sua reabertura tem sido pedida pelos representantes da comunidade portuguesa neste principado.

Uma comunidade que é a segunda maior estrangeira do principado – composta por cerca de 10.500 pessoas – logo após a espanhola, e que representa aproximadamente 14% da população total do principado. Os portugueses em Andorra são maioritariamente originários do norte de Portugal e dedicam-se principalmente ao comércio, à construção civil e à hotelaria.

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