Covid-19: Manuel Heitor assegura prorrogação de bolsas prejudicadas pela pandemia

Lisboa, 16 abr 2021 (Lusa) — O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, assegurou hoje a prorrogação das bolsas de investigação que tenham sido prejudicadas pela pandemia de covid-19, depois de protesto de bolseiros e investigadores em frente ao Ministério, em Lisboa.

“Não queremos prejudicar ninguém, pelo contrário, queremos garantir que todos os trabalhos científicos e de investigação que foram afetados pela pandemia sejam prorrogados”, afirmou Manuel Heitor em declarações à Lusa.

A dirigente da ABIC (Associação de Bolseiros de Investigação Científica) Bárbara Carvalho disse, no final das conversações, que o ministro propôs que, até 5 de maio, se perceba, em conjunto com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), “se é possível um quadro de prorrogação de todas as bolsas mediante justificação do orientador”. 

O protesto, organizado pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e pela ABIC, contou com cerca de uma centena de pessoas, que exigiram, além da prorrogação das bolsas, o fim desse regime e da precariedade através do investimento na ciência e investigação e da contratação em período de formação.

As estruturas que representam os bolseiros e investigadores entregaram ao Ministério um abaixo-assinado com mais de 2600 assinaturas que exigia a prorrogação de todas as bolsas em curso ou que tenham terminado durante a vigência das medidas de contingência.

Depois de clamarem frases de ordem como “Heitor, Heitor, Não sejas malfeitor!” e “Prá Ciência avançar, nas pessoas apostar!”, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior compareceu para conversar com os representantes da Fenprof e da ABIC.

Desta conversa resultou ainda a abertura de um “processo negocial para chegar a um compromisso sobretudo ao nível da programação do investimento em I&D (investigação e desenvolvimento), mas também na revisão do estatuto da carreira de investigação científica”, expôs Manuel Heitor.

“Temos dar um novo passo nas condições de emprego científico e capacitação da Ciência em Portugal”, acrescentou.

 

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