Songo, Moçambique, 25 nov (Lusa) – A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) está a rever os contratos do período colonial para exportar menos energia para os países vizinhos e abastecer o mercado moçambicano e os megaprojetos previstos, disse à Lusa o administrador do empreendimento.
“Uma empresa com esta influência na região tem contratos de longa duração com os seus clientes [África do Sul e Zimbabué]. Nós não podemos virar as costas à região porque somos parte dela, mas as prioridades ficam cada vez mais viradas para Moçambique” afirmou Paulo Muxanga, presidente do Conselho de Administração da HCB, adiantando que razões económicas internas obrigaram à revisão dos acordos com os países vizinhos para resgatar parte da energia exportada e redirecionar a sua utilização.
Segundo Paulo Muxanga, a HCB celebra o sétimo aniversário da reversão do capital português na hidroelétrica para o Estado moçambicano, ocorrida a 27 de novembro de 2007, com o dobro do consumo de energia em Moçambique, que passou dos 300 megawatts para os 600, em resultado da renegociação dos contratos.