Brasília, 30 mar 2021 (Lusa) – A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), maior centro de investigação científico brasileiro, e a Universidade de Aveiro (UA), firmaram na segunda-feira um acordo de cooperação internacional para a ciência, tecnologia e inovação, disseram à Lusa fontes oficiais.
O acordo foi assinado ao abrigo do Protocolo de Colaboração UA-Fiocruz e prevê a estruturação de uma Plataforma Internacional para a Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PICTIS), indicou a Embaixada de Portugal em Brasília, em comunicado.
“A PICTIS visa a construção de um centro internacional de investigação, desenvolvimento tecnológico e inovação em saúde, tendo como instituições líderes a Fiocruz e a UA”, explica-se no documento.
O acordo prevê ainda a instalação de um escritório do Instituto Oswaldo Cruz no Parque de Ciência e Inovação de Aveiro (PCI — ‘Creative Science Park’), “atuando como ‘hub’ [concentrador] de inovação, com seis Laboratórios Setoriais (LabSec)”, detalha o comunicado.
Os seis laboratórios serão dedicados à inovação, saúde global, indústrias biofarmacêuticas, fármacos e bioprodutos, biotecnologia e saúde digital, englobando inteligência artificial.
“É com grande satisfação que revivo este acordo, porque é o culminar de um processo que já vem de trás, mas ao qual foi decidido dar um impulso particular, e que me foi referido pelo doutor José Paulo Gagliardi Leite, diretor do Instituto Oswaldo Cruz, na ocasião da minha visita à Fiocruz, em meados de fevereiro”, disse à Lusa o embaixador de Portugal em Brasília, Luís Faro Ramos.
“É um acordo pioneiro, que vai certamente dar muitos e bons frutos, e ficamos muito satisfeitos por esta parceria entre duas instituições de reconhecida qualidade, não só a nível dos respetivos países, mas também internacional e, obviamente, trata-se de mais um passo no sentido de reforçar as relações entre Portugal e o Brasil nesta área tão importante como a da ciência e tecnologia e inovação”, acrescentou o diplomata.
O acordo foi assinado digitalmente por José Paulo Gagliardi Leite, diretor do Instituto Oswaldo Cruz, e por Paulo Jorge Ferreira, reitor da Universidade de Aveiro.
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