Gorongosa, Moçambique, 23 nov (Lusa) – A insegurança e o receio de um conflito pós-eleitoral em Moçambique continuam a reter milhares de deslocados no centro de trânsito na Gorongosa, divididos entre regressar às suas casas ou permanecer na vila.
“Praticamente segurança não há. Não posso dizer que há sítio seguro em Vunduzi”, disse à Lusa, Lourenço Nguera, 53 anos, referindo-se à sua zona do interior do distrito que abandonou durante o recente conflito e onde o cenário militar local não lhe inspira confiança.
Os cerca de seis mil deslocados na Gorongosa, província de Sofala, centro de Moçambique, recusam-se a regressar às suas zonas de origem por considerarem que não estão criadas condições de segurança, apesar do fim dos confrontos e do acordo de paz, assinado a 05 de setembro pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, e pelo líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana, maior partido da oposição), Afonso Dhlakama.