Lisboa, 24 mar 2021 (Lusa) — O ministro das Infraestruturas acusou hoje o presidente do Conselho de Administração da Groundforce, Alfredo Casimiro, de ter enganado o Estado português e os trabalhadores da empresa de ‘handling’, por não ter informado antes que tinha as ações empenhadas.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, que está hoje a ser ouvido pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, disse que a questão das ações empenhadas de Alfredo Casimiro, que estavam a ser pedidas pela TAP como garantia para um adiantamento à Groundforce para o pagamento de salários, foi um “momento infeliz em que um empresário decide enganar o Estado português”, bem como os trabalhadores.
O governante considerou ainda que Alfredo Casimiro é “um homem que provou que não é sério” e que tentou várias “manobras de diversão” durante as negociações com a TAP, para um empréstimo que permitisse à Groundforce pagar os salários aos seus 2.400 trabalhadores, em atraso desde fevereiro.
“Estamos a falar de um empresário que, no relacionamento com o Estado, esteve a enganar o Estado até ao fim e que, a determinada altura, posteriormente, ainda grava uma reunião com um ministro”, afirmou Pedro Nuno Santos.
“Não podemos fazer de conta que não se passou nada e que estamos perante um empresário igual aos outros”, acrescentou.
MPE // MSF
Lusa/Fim