SÉRGIO CONCEIÇÃO AFASTA GESTÃO FRENTE AO NACIONAL A PENSAR NA SUPERTAÇA

Vila Nova de Gaia, Porto, 19 dez 2020 (Lusa) — O treinador do FC Porto considerou hoje que o jogo de domingo frente ao Nacional, da 10.ª jornada da I Liga de futebol, tem de ser encarado “como uma final”, afastando a possibilidade de gerir para a Supertaça.

Depois da receção aos madeirenses, os ‘dragões’ têm já na quarta-feira a partida com o Benfica, para a Supertaça Cândido de Oliveira, marcada para Aveiro, mas o treinador vincou que a “o mais importante é este jogo o Nacional”.

“A gestão que fazemos é olhar para o estado físico e anímico, escolher o melhor ‘onze’ e tentar ganhar o jogo. O mais importante é o jogo do Nacional, é uma final para nós. Não podemos alargar o fosso para o primeiro lugar e queremos lá chegar, pois é a posição que nos pertence”, disse Sérgio Conceição.

Sobre o embate com o conjunto insular, o treinador do FC Porto falou de um jogo “historicamente difícil, perante uma equipa que pratica um futebol positivo”, deixando elogios ao percurso do homólogo Luís Freire, valorizando o seu percurso como técnico desde os escalões inferiores até à conquista do título da II Liga e respetiva subida de divisão, na época passada.

“Têm menos golos sofridos do que nós e apresentam uma dinâmica interessante quando têm a bola. Cabe-nos limitar ao máximo a equipa adversária e explorar fragilidades. Teremos de entrar fortes no jogo para o ganhar”, vincou.

Sérgio Conceição admitiu, ainda, que seria importante a sua equipa corrigir alguns aspetos defensivos já nesta partida, reduzindo o número de golos sofridos, considerando que é “do equilíbrio que se fazem as equipas campeãs”.

“Não podemos marcar muitos golos, mas também sofrer muitos. Corremos o risco que alguns desses golos que sofremos a mais possam contribuir para que no final não sejamos os primeiros. Temos olhado para isso, não com preocupação, mas como algo a trabalhar. Temos feito esse trabalho, a nível individual, como setorial e coletivo”, assumiu.

O treinador dos ‘azuis brancos’ reconheceu que o facto de disputar nove jogos em pouco mais de 20 dias “causa algum desgaste” no grupo, mas garantiu que isso não pode interferir na ambição de um emblema com os objetivos do FC Porto.

“Somos um clube que quer estar em todas as competições, não nos podemos andar a queixar. Cria desgaste, complica a vida, mas temos feito um ciclo de jogos muito bons, estamos no caminho certo, ganhando com alguma dificuldade perante equipas que trabalham bem”, afirmou.

Sérgio Conceição confessou a incerteza na recuperação de Zaidu e Pepe já para os próximos dois jogos – Nacional e Benfica -, dedicando palavras especiais ao defesa central, que se lesionou na face no último jogo, frente ao Paços de Ferreira, quando regressava de uma outra lesão que afastou dos relvados cinco semanas.

“O Pepe é o nosso capitão e, infelizmente, esta lesão aconteceu fruto daquilo que ele é como jogador e homem, disputando todos os lances no limite, o que prova da sua determinação. Ficámos tristes por ele, mas cabe-me a mim escolher e perceber que a ausência dele é notada em campo, mas que estará sempre connosco”, disse o treinador.

Além de Pepe e Zaidu, também o defesa Marcano e o guarda-redes Mbaye continuam a recuperar de lesões, e não serão opção para este desafio com o Nacional.

O FC Porto, terceiro classificado, com 19 pontos, recebe no domingo o Nacional, 11.º, com 10, numa partida agendada para as 20:00, e que terá arbitragem de Manuel Oliveira, da Associação de Futebol do Porto.

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