Abidjan, 15 set 2020 (Lusa) – O reitor do Instituto do Banco Asiático de Desenvolvimento defendeu hoje que, apesar das dificuldades causadas pela covid-19, o continente africano continua a despertar o interesse dos investidores asiáticos.
“Apesar da pandemia de covid-19, as oportunidades de investimento continuam a abundar em África”, disse Tetsushi Sonobe durante uma conferência virtual organizada pelo Banco Africano de Desenvolvimento para os investidores da Ásia, divulgada através de um comunicado enviado hoje às redações.
“Os mercados globais estão a mudar para o sul da Ásia e para África e, em certo sentido, a África não está muito distante para os investidores asiáticos, que podem estar interessados nas oportunidades de investimento no continente”, acrescentou.
De acordo com o BAD, o seminário virtual contou com 350 participantes, incluindo representantes dos governos, diplomatas africanos na Ásia, profissionais da área do desenvolvimento, sociedade civil, universidades e institutos de pesquisa, entre outros.
África, concluiu Sonobe, é “um grande mercado com uma enorme população jovem e talentosa, um mercado de 3 biliões de dólares cheio de oportunidades devido ao acordo de livre comércio, tem um grande potencial de produção artesanal a baixo custo e melhor governação e ambiente de negócios”.
África registou 170 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, num total de 32.795, e mais de 16 mil pessoas recuperaram, um dos valores mais elevados das últimas semanas, segundo os números mais recentes da pandemia no continente.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, mais 6.441 novos casos de infeção, para um total de 1.359.724, mais de metade dos quais no norte de África.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito em 14 de fevereiro e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 929.391 mortos e mais de 29,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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