ONDA TROPICAL PASSA POR CABO VERDE NOS PRÓXIMOS TRÊS DIAS — INSTITUTO

Praia, 11 set 2020 (Lusa) — O arquipélago de Cabo Verde vai estar nos próximos três dias sob a influência de um onda tropical que poderá transformar-se em depressão tropical, informou hoje o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG). 

Segundo a mesma fonte, as previsões apontam que a onda tropical vai atingir o país no sábado, domingo e segunda-feira, estando associada a uma larga área de convecção produzindo aguaceiros e trovoada.

 O instituto cabo-verdiano adiantou que o sistema está localizado junto à costa da Guiné Bissau, desloca-se com uma velocidade de 30 km/h e tem cerca de 70% de probabilidade de se transformar em uma depressão tropical.

 “Durante a sua passagem condicionará o estado do tempo nas ilhas”, referiu o INMG, que prevê ainda chuvas de intensidade variável e possibilidade de trovoadas, intensificação do vento e agravamento significativo do estado do mar.

 “O Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, INMG fará o acompanhamento permanente do sistema, a sua vigilância e monitorização, atualizando as informações do estado do tempo, de forma regular e contínua”, garantiu a entidade cabo-verdiana.

 Na segunda-feira e terça-feira uma depressão tropical aproximou-se de Cabo Verde e transformou-se em tempestade tropical, com vento e chuvas fortes, sobretudo nas ilhas a norte do arquipélago.

 As chuvas que caíram um pouco por todo o país não provocaram danos humanos, mas sim muitos danos materiais em alguns pontos do país, como deslizamento de terras, inundações, queda de pedras e terras nas estradas, queda de árvores e mesmo algumas casas que sofreram alguns danos.

 Nessa altura, a Proteção Civil cabo-verdiana apelou a toda a população, particularmente às que vivem em zonas de maior risco de cheias e inundações, a adotarem algumas medidas de autoproteção.

 Na quarta-feira, o ministro da Agricultura cabo-verdiano, Gilberto Silva, disse que as chuvas que caíram no início da semana em todo o arquipélago já garantem pasto, mas afirmou que ainda é preciso mais para produção de milho e feijões e recarga dos lençóis freáticos.

 Depois de três anos consecutivos de seca, com chuvas irregulares e insuficientes, desde meados de julho que a chuva voltou a cair com alguma frequência em algumas ilhas de Cabo Verde.

 

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