COVID-19: BANCO NACIONAL DE INVESTIMENTO DE MOÇAMBIQUE ANUNCIA LINHA DE CRÉDITO DE 7,6 ME

Maputo, 01 jul 2020 (Lusa) – O Banco Nacional de Investimento (BNI) moçambicano anunciou a operacionalização, a partir de hoje, de uma linha de financiamento de 600 milhões de meticais (7,6 milhões de euros) para micro, pequenas e médias empresas enfrentarem o impacto da covid-19.

O presidente do conselho de administração do BNI, Tomás Matola, avançou que a taxa de juro do financiamento será de 8% a 12%, em função do perfil de risco do devedor, mas sempre abaixo da taxa de juro de referência (‘prime rate’) fixada pelo Banco de Moçambique e Associação Moçambicana de Bancos para julho, que é de 16,7%.

O fundo destina-se ao apoio à tesouraria e às necessidades de investimento e aquisição de equipamento das empresas, explicou o responsável da instituição estatal moçambicana.

“O valor tem como finalidade o reforço da tesouraria e apoio ao investimento, visando promover a revitalização ou melhoria operacional das micro, pequenas e médias empresas”, afirmou Tomás Matola.

O financiamento pretende essencialmente ajudar as empresas na manutenção e geração de novos postos de trabalho face ao efeito do novo coronavírus.

O presidente do BNI revelou que o banco capitalizou-se junto do Instituto Nacional de Segurança para poder colocar o fundo à disposição.

Tomás Matola adiantou que o montante mínimo de empréstimo será de 2,5 milhões de meticais (31,6 mil euros) e o máximo serão 45 milhões de meticais (570 mil euros).

O fundo foi anunciado em maio pelo Governo moçambicano, no âmbito das medidas económicas visando a mitigação dos efeitos do novo coronavírus.

Moçambique regista um total de 903 casos positivos, seis óbitos e 248 pessoas recuperadas, segundo as últimas atualizações do Ministério da Saúde.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 511 mil mortos e infetou mais de 10,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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