WALL STREET FECHA EM ALTA GENERALIZADA COM SEGUNDO RECORDE CONSECUTIVO DO NASDAQ

Nova Iorque, 23 jun 2020 (Lusa) — A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta generalizada, sem o menor sinal de abrandamento e com o índice tecnológico Nasdaq a fixar um segundo recorde consecutivo.

Os resultados definitivos da sessão indicam que o Nasdaq apresentou mesmo a valorização mais forte entre os índices mais emblemáticos, de 0,74%, fechando nos 10.131,37 pontos.

Já o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,50%, para as 26.155,28 unidades, e o alargado S&P500 valorizou 0,43%, para as 3.131,29.

Na base do desempenho agregado do Nasdaq estão desempenhos individuais, como os da Apple (2,13%), Amazon (1,86%), Facebook (1,26%) e Microsoft (0,67%), que também fecharam em níveis inéditos.

A Apple impressionou particularmente no dia seguinte a ter feito anúncios significativos durante a sua conferência anual com os seus programadores, como a decisão de ir fabricar os seus próprios ‘chips’ para os computadores Mac e abandonar a sua parceria de longa data com a Intel, que desvalorizou 0,28%.

Por seu lado, a Amazon anunciou hoje a criação de um fundo de investimento dotado de dois mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) para financiar empresas com o objetivo de chegar a “uma economia zero carbono”.

A praça nova-iorquina prossegue o seu curso para cima, subindo de forma quase ininterrupta desde o seu descalabro no final de março.

“Os que apostaram em um mercado altista estão a ganhar”, resumiu Art Hogan, da National Holdings, que salientou a melhoria de vários indicadores económicos norte-americanos durante as últimas semanas.

O exemplo mais recente veio do indicador relativo às vendas de casas novas nos EUA, que conheceu uma forte subida, de 16,6%, em maio, e já supera o nível do ano passado, segundo os dados do Departamento do Comércio, publicados hoje.

Em todo o caso, segundo Hogan, o mercado continua frágil e uma quebra não é de excluir, em especial se a subida do número de infeções com o novo coronavírus provocar uma diminuição da recuperação económica nos EUA.

“Se tivermos duas semanas consecutivas em que os casos subam cinco por cento, penso que este mercado vai carregar no pedal de travão muito rapidamente”, previu.

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