Milão, 08 out (Lusa) — O primeiro-ministro disse hoje que Portugal não tem “muita margem para poder relaxar” na consolidação orçamental e que tem de “manter uma linha de disciplina e rigor” para cumprir o compromisso de reduzir o défice.
“Não vou fazer nenhuma antecipação da proposta do Orçamento do Estado a submeter ao Parlamento (…) Do que já afirmei é evidente que Portugal não tem muita margem para poder relaxar a sua política, que no essencial visa diminuir o défice público”, disse hoje Passos Coelhos aos jornalistas, à margem da cimeira do emprego em que participou em Milão (Itália).
O chefe de Governo tinha sido questionado sobre o facto de a França e a Itália terem pedido mais tempo para cumprir as metas de défice orçamental. A França diz que só consegue cumprir a meta dos 3% de défice público em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, em vez de 2015, o que obrigará a uma tomada posição da Comissão Europeia. Já a Itália, que tem contudo um défice abaixo dos 3% do PIB, propõe-se ter um défice de 2,8% em 2015, em vez dos 1,8% previstos.