ENCONTRO EM TIMOR ENTRE PASSOS COELHO E SOBREVIVENTES DO MASSACRE DE SANTA CRUZ

Passos Coelho
Passos Coelho Foto: Vítor Mota
Passos Coelho
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Foto: Vítor Mota

O primeiro-ministro português encontrou-se esta quinta-feira no Cemitério de Santa Cruz, em Díli, com sobreviventes do massacre que ali teve lugar em 12 de novembro de 1991 por forças indonésias sobre manifestantes civis timorenses.
Pedro Passos Coelho afirmou que “Como chefe de Governo português, quero expressar-lhes o sentimento enorme de fraternidade e de profunda solidariedade que varreu Portugal nessa época.

Um discurso feito perante representantes do Comité 12 de Novembro, criado para apoiar os familiares das vítimas daquele tiroteio e identificar desaparecidos.
Passos Coelho deslocou-se ao Cemitério de Santa Cruz depois de ter estado no Museu da Resistência Timorense, no âmbito da visita oficial que iniciou à República Democrática de Timor-Leste, a primeira de um primeiro-ministro português a este país desde que foi reconhecida a sua independência, em 2002.

O 1º minstro foi acompanhado pelos ministros da Saúde, Paulo Macedo, e de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete e pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira, o chefe do executivo PSD/CDS-PP foi recebido cerimoniosamente à entrada do cemitério.
Uma deslocação ao Cemitério de Santa Cruz que não constava do programa oficial da visita oficial do primeiro-ministro a Timor-Leste, tendo sido incluída entre dois pontos de agenda.

Numa intervenção de cerca de cinco minutos, o primeiro-ministro falou da resistência que o povo de Timor-Leste teve de organizar e de enfrentar para poder ver reconhecido o seu direito à independência sublinhando que muitos mártires ficaram assinalados durante esse período, mas que o massacre de Santa Cruz foi também um ponto de viragem importante, em que o sacrifício de muitas pessoas, de muitas famílias teve uma visibilidade muito grande do ponto de vista internacional, porque as imagens da tragédia correram o mundo atribuindo isso, também à coragem que muitos elementos da comunicação social evidenciaram para ajudar a transmitir ao mundo o que se passava em Timor-Leste nessa altura.

Dirigindo-se àqueles que guardam desse passado tão trágico as suas memórias vividas, Passos endereçou-lhes um abraço muito fraterno, muito amigo e disse-lhes que hoje têm, felizmente, no futuro que se está a construir um motivo de ânimo.

Para Passos Coelho, Timor-Leste vive agora um tempo muito diferente, felizmente, em que se está realmente a construir um Estado de direito e assumiu em nome de Portugal, o compromisso de não falhar na ajuda à sua construção.