Os enfermeiros do Hospital de Santarém decidiram dar aquilo que chamam de ultimato ao Ministério da Saúde, admitindo avançar com uma posição “muito drástica” se até dia 14 de agosto não for desbloqueada a contratação de profissionais.
Depois de um plenário local, a decisão surgiu pelo nível de exaustão a que chegaram os enfermeiros do Hospital de Santarém, devido ao que chamam de carência enorme de profissionais e ameaçam com formas de luta que obrigarão o Ministério da Saúde a clarificar quais os serviços que vai fechar e quais os doentes que são prioritários.
Na segunda-feira vai ser feita uma participação à Autoridade para as Condições do Trabalho pelas condições de trabalho dos enfermeiros contratados e à Inspeção Geral da Saúde pelas condições laborais dos restantes, tendo sido igualmente decidido solicitar uma reunião à Câmara Municipal de Santarém.
A sobrecarga horária a que já estão sujeitos de acordo com a denuncia chega às 180 a 200 horas de trabalho, às quatro semanas, quando deviam fazer 160-, tendo os enfermeiros deixado de estar disponíveis para fazer horas extraordinárias, incluindo para fazer transporte de doentes.