
Uma centena de médicos e cientistas, especialistas em HIV iam a bordo do avião que se despenhou na Ucrânia, pois viajavam para Melbourne, onde iam participar numa convenção mundial da luta contra a SIDA.
Entre as vítimas está o holandês Joep Lange, um dos especialistas mais reconhecidos do mundo sobre HIV ia com um grupo à conferência internacional sobre a doença, prevista para começar no domingo em Melbourne (Austrália).
Lange nasceu em Nieuwahngen em 1954 e passou mais de 30 anos da sua vida dedicado à pesquisa sobre a infeção do vírus HIV sendo um dos defensores do acesso a tratamentos mais baratos em países pobres.
O cientista presidiu a Sociedade Internacional da AIDS ( sigla em inglês), organizadora do congresso, que tem entre os seus colaboradores, o ex-presidente dos EUA, Bill Clinton.
A organização da convenção já fez saber que com a morte de Joep Lange, “o movimento HIV/Aids perdeu um gigante”.
Lange era professor de medicina interna da Universidade de Amesterdão, cidade onde era também diretor do Instituto para a Saúde Global e o Desenvolvimento, foi ainda pioneiro no desenvolvimento de terapias combinadas mais acessíveis contra o HIV e de tratamentos para prevenir a transmissão de vírus de mães e bebés em países pobres.
O grupo viajava para Kuala Lumpur, onde teria um voo de conexão para a Austrália e Lange ia acompanhado da sua esposa, Jacqueline.
No avião viajavam 298 pessoas – 283 passageiros (entre eles, várias crianças) e 15 membros da tripulação.
Entre os falecidos, 173 eram holandeses; 28 da Austrália; e 28 da Malásia (incluindo os 15 tripulantes e dois bebês). As demais vítimas são da Indonésia (12, incluindo outro bebê), do Reino Unido (9), Alemanha (4), Bélgica (4), Filipinas (3), Nova Zelândia (1) e Canadá (1), segundo explicou um porta-voz da companhia no aeroporto de Amsterdão, há 35 pessoas cujas nacionalidades ainda permanecem desconhecidas.
A Interpol enviará para a Ucrânia um grupo de peritos para ajudar na identificação das vítimas mortais da catástrofe do Boeing 777 malaio, informa a Interfax, alegando o Ministério do Interior ucraniano.