Porto, 23 fev (Lusa) — Três homens, de 33, 39 e 51 anos, foram detidos pelo crime de violência doméstica em Valongo, Amarante e Lousada “devido ao perigo de continuidade das agressões” às vítimas, revelou hoje o Comando Territorial do Porto da GNR.
Em comunicado, a GNR esclarece que um dos detidos ficou sujeito a prisão preventiva após ter sido presente ao tribunal, ao passo que os outros dois foram proibidos de contactar as vítimas, tendo a um deles sido aplicada uma pulseira eletrónica.
O homem de 33 anos que ficou em prisão preventiva foi detido na sexta-feira em Valongo, onde “decorria uma investigação desde o final do ano de 2018” devido ao “incumprimento das medidas de coação de proibição de contacto e afastamento da vítima, uma mulher de 29 anos, sua ex-companheira”, sujeita a “agressões físicas”.
“Nos últimos tempos, o agressor não acatou a medida de coação a que estava sujeito e, por ter continuado a perseguir a vítima, foi dado cumprimento a um mandado de detenção”, observa a GNR.
Presente ao Tribunal Judicial do Porto, foi aplicada ao detido “a nova medida de coação de prisão preventiva, tendo recolhido ao estabelecimento prisional” daquele concelho.
Já em Amarante, a GNR deteve um homem com 39 anos “que durante cerca de um ano infligiu ofensas à integridade física e ameaças de morte a uma mulher de 37 anos, com quem mantinha uma relação”.
De acordo com a GNR, chegou a obrigá-la “a abortar de uma gestação com seis semanas”.
Em Lousada, também no distrito do Porto, um homem de 51 anos foi detido “por agressões físicas e psicológicas” à mulher de 45 anos, “com quem estava casado há 27 anos”.
“Recentemente, o agressor agravou o seu comportamento, passando a fazer ameaças de morte”, descreve a GNR.
De acordo com aquela força policial, o homem chegou “mesmo a encostar ao pescoço da vítima uma arma branca enquanto a ameaçava”.
“A situação não teve um desfecho mais trágico devido à intervenção dos filhos”, refere a GNR.
Estes dois detidos foram presentes ao Tribunal Judicial de Lousada e Amarante na sexta-feira, tendo “ficado sujeitos às medidas de coação de proibição de contacto com as vitimas e de afastamento das mesmas”.
“O homem de 51 anos ainda ficou sujeito à medida de coação de abandono da residência e controlo da sua localização através de pulseira eletrónica”, acrescenta.
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