

(AFP)
O papa Francisco endureceu o seu discurso sobre a pedofilia na Igreja e numa entrevista este domingo ao diário italiano La Republica, promete afrontar com toda a severidade, os casos de pedofilia no seio da Igreja católica, crimes que classificou de lepra.
O Papa referiu-se também a temas como a mafia e o celibato dos padres, mas apontou os casos de pedofilia como frequentes na sociedade atual, considerando que “perpetrando-se estes abomináveis delitos, em consequência, entre outros aspetos, do desaparecimento de educação nas casas e nas famílias”.
Para o Papa Francisco, a corrupção de um menor é o mais terrível e imundo que se pode imaginar e especialmente se, como demonstram as informações que pode examinar pessoalmente, grande parte destes atos abomináveis ocorrem no seio de famílias e amigos.
Francisco afirmou que este problema afeta a Igreja católica, como se tratasse duma doença infecciosa, como foi a lepra e manifestando ainda preocupação pelas estatísticas disponibilizadas por alguns dos seus colaboradores, que indicam que a pedofilia poderia afetar dois por cento da Igreja.
“Considero gravíssimo. Estes dois por cento de pedófilos podem incluir bispos e cardeais. Além disso, outros conhecem estes casos e calam-se. Face a esta situação insustentável, é minha intenção a afrontar com toda a severidade que ela requer”, assim afirmou.