ADESÃO À GREVE DOS MÉDICOS É DE 90% SEGUNDO SINDICATOS

fnamA Federação Nacional dos Médicos estima que a adesão à greve dos médicos esteja a rondar os 90 por cento a nível médio nacional.

Em comunicado, acrescenta que o Ministério da Saúde escusou-se a dar informação sobre a adesão à greve, lembrando: “os únicos dados rigorosos sobre a participação na paralisação são os que resultam do processamento salarial deste mês, pelo que se revela necessário aguardar alguns dias pelo apuramento a realizar por todos os serviços, hospitalares e outros”.

Várias dezenas de médicos concentraram-se terça à tarde frente ao Ministério da Saúde, em protesto contra as políticas de saúde, que levaram a Federação Nacional de Médicos a convocar uma greve de dois dias.

A maioria dos profissionais apresentou-se no protesto trajando batas brancas e são visíveis balões amarelos com as letras SNS, bem como cartazes com frases inscritas alusivas às principais reivindicações e motivos da greve.
O Ministério da Saúde adianta ainda que as estimativas avançadas pela FNAM revelam “uma impossibilidade aritmética pelo simples facto de que há uma parte dos médicos, os que trabalham nos sectores privado e social, que não faz greve”.

Já o bastonário da Ordem dos Médicos negou hoje razões sindicalistas no apoio à greve dos médicos e disse que o que faz está previsto nos estatutos deste organismo, nomeadamente defender a saúde, os doentes e o setor.

José Manuel Silva reagia desta forma às acusações do Ministério da Saúde de uma alegada colagem da Ordem dos Médicos aos sindicatos.

Para o bastonário, o apoio da ordem está inscrito nos estatutos deste organismo e também no código deontológico dos médicos e afirma que “O Ministério da Saúde faz acusações e furta-se ao diálogo”.