
Oscar Pistorius é um potencial suicida desde o assassinato de sua namorada, em fevereiro de 2013 alegou o seu advogado de defesa no julgamento do atleta, acrescentando que ele está com dificuldades financeiras por causa do seu envolvimento no caso.
Para a defesa, o Sr. Pistorius foi severamente traumatizado pelos acontecimentos de 14 de Fevereiro de 2013 e atualmente sofre de transtorno de stress pós-traumático e transtorno depressivo maior.
Na audiência, o advogado do atleta, Barry Roux citou o relatório psiquiátrico que concluiu que o atleta deficiente sul-africano considera-se criminalmente responsável, depois de sujeito a exames durante um mês num hospital psiquiátrico.
A apresentação do relatório procura uma falha legal ou uma circunstância atenuante, destacando as vulnerabilidades do acusado.
Os médicos não identificaram traços de personalidade, psicopatia ou narcisismo, características de parceiros homens violentos ou abusivos, considerando a sua capacidade de gerir emoções bem desenvolvida e não encontraram evidências de que o Sr. Pistorius tem um histórico de agressão anormal ou violência explosiva.
Ainda com base no relatório médico especializado, a defesa considera que Pistorius precisa agora de tratamento médico, sem a qual a sua condição pode piorar e aumentar o risco de suicídio.
Desde o início do julgamento a 3 de março, o Ministério Público sustenta que o atleta matou a sua namorada, Reeva Steenkamp, depois dum acesso de raiva que o caracterizava na relação, contando com testemunhos de vizinhos, que alegadamente acordaram na noite do crime, pelo barulho de estilhaços, luta e gritos de socorro da jovem, além de mensagens encontradas no seu laptop e outros incidentes violentos da vítima, antes do assassinato.
O crime é punível com pena de prisão perpétua, Pistorius nega ferozmente a autoria do homicídio, considerando que tudo não passou de um acidente, alegando que reagiu a um suposto assalto, quando disparou em alegado estado de pânico.