A cidade do Rio de Janeiro vive esta terça-feira um novo dia de greve dos motoristas de autocarros que gerou o caos no trânsito e impediu milhares de pessoas de chegarem ao trabalho.
A paralisação, iniciada à meia-noite foi convocada por um grupo de dissidentes do sindicato dos rodoviários, que não concorda com o acordo salarial feito com os patrões e reivindica um maior aumento.
Apenas 10 por cento de toda a frota que normalmente circula na cidade estava a operar de manhã, de acordo com o sindicato das empresas de autocarros, conhecido como “Rio Ônibus”.
Milhares de passageiros tiveram dificuldades em chegar ao trabalho, enfrentando filas e o metro cheio, principalmente na estação Central do Brasil, que faz ligação com os comboios que transportam os passageiros para os subúrbios da cidade.
Na quinta-feira passada, uma paralisação do mesmo tipo terminou com 467 autocarros vandalizados,
ficaram com janelas, para-brisas e retrovisores partidos.
O aumento salarial dos rodoviários foi negociado recentemente, quando se acordou um aumento de
10 por cento nas avenças e 40 por cento nos subsídios de alimentação.
O grupo de grevistas, no entanto, afirmou que nem todos foram consultados para finalizar o acordo e defendeu um aumento salarial maior.
Na noite de segunda-feira, motoristas e patrões realizaram uma reunião no Tribunal do Trabalho para tentar chegar a um acordo, mas sem sucesso.
A previsão é de que a greve dure 48 horas, até à meia-noite de quarta-feira.