O empresário Filipe de Botton, presidente da Logoplaste está preocupado com o facto de durante os anos em que a troika esteve em Portugal, não ter havido um verdadeiro pensamento estruturante sobre a posição do Estado na economia.
Durante um Forum dedicado a CEO’s de empresas organizado pelo Jornal de Negócios e pela IBM em Lisboa, deixou a questão: “Qual o pensamento que temos para o nosso País?” e respondeu: “Eu quero menos Estado, quanto menos Estado tiver, melhor eu estou. Só quero um Estado regulador”.
Para o empresário, a ação do atual Governo revela um trabalho “digno de relevo”, mas preocupa-o que não se entenda que o trabalho não acabou. Vai durar mais 15 ou 20 anos.
Botton lançou ainda uma provocação ao sistema financeiro, dizendo que está preocupado com o oligopólio do sistema financeiro em Portugal, frase que levou o presidente do BCP, outro participante no debate, a não resistir responder e Nuno Amado disse que “Não há sector em Portugal tão concorrencial como o bancário, uma vez que há sete ou oito ‘players’ a concorrer de forma efetiva no mercado”. O banqueiro acrescentou que a sensação de standardização de procedimentos do sector financeiro no País não se deveu a outra coisa que não a desalavancagem que as instituições financeiras tiveram que operar.