A decisão final vai ser tomada ao fim da tarde deste domingo, numa reunião extraordinária do conselho de ministros e depois Pedro passos Coelho vai fazer o anúncio ao país.
Tendo em conta as últimas declarações de vários elementos do governo, Portugal poderá sair da fase de resgate internacional, através de uma linha de crédito de precaução, ou optar por uma saída limpa, enfrentando o mercado, sem qualquer tipo de rede de segurança.
A data para o final do programa cautelar da Troika expira a 17 de maio e a decisão de Portugal vai ser conhecida na véspera de uma reunião de ministros das Finanças da zona do euro que a partir de segunda-feira examinará em Bruxelas o caso português.
Paulo Portas, vice-primeiro ministro já deu a entender que está inclinado para uma saída limpa sem recurso a qualquer programa de auxílio, à semelhança da Irlanda, que em dezembro passado se tornou o primeiro país da zona do euro a sair oficialmente do raio da ajuda internacional.
No caso português, muitos especialistas ainda acreditam que é prudente usar uma linha de crédito, mas essa solução nunca foi testada e Lisboa pode enfrentar a relutância de alguns países da zona do euro, incluindo a Alemanha.
Mas os credores representados pela UE, BCE e FMI examinaram as contas públicas de Portugal, todos os trimestres, desde o seu resgate em maio de 2011 e deram por satisfatória a última avaliação, abrindo caminho para o pagamento da última parcela de um empréstimo de 78 mil milhões de euros.
Sem comentar a estratégia de saída do resgate, a troika observou que Portugal para aceder aos mercados da dívida, melhorou significativamente no contexto da forte procura dos investidores e uma queda acentuada na taxa de juros.