A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa – OSCE já confirmou que grupos separatistas pró-russos libertaram os inspetores militares retidos desde 25 de abril no leste da Ucrânia, mas recusa fazer comentários até que cheguem a um lugar seguro.
O enviado da Rússia à Ucrânia, Vladimir Lukin, também já tinha anunciado este sábado, a libertação de 12 inspetores militares da OSCE, que estavam retidos por grupos pró-russos em Slaviansk e manifestou esperança que a libertação seja o primeiro passo para a pacificação da zona.
Os grupos pró-russos acusam os inspetores (três alemães, um polaco, um dinamarquês e um checo, além de um intérprete alemão) de espiar para a NATO, o que foi desmentido pela OSCE, que recordou que os inspetores estão na Ucrânia a convite de Kiev.
A missão, que viajava de autocarro, foi intercetada junto aos acessos a Slaviansk no dia 25 de abril.
Na semana passada, o Presidente Vladmir Putin criticou os inspetores militares por não terem coordenado a sua chegada à região de Donetsk com os rebeldes pró-russos, que controlam vários edifícios governamentais na região.
Os grupos pró-russos tinham já libertado um dos inspetores, o sueco Thomas Johansson, por motivos de saúde e por o seu país não ser membro da NATO.
O Ocidente apelou à Rússia para exercer a sua influência sobre as milícias para que libertassem os sequestrados, ao que Moscovo respondeu dizendo que o seu ascendente sobre os rebeldes é menor do que se crê.
A OSCE tem na Ucrânia outra missão especial de observação civil, com cerca de 140 especialistas distribuídos por todo o território e cuja presença é apoiada pelos 57 Estados que formam a organização, incluindo a Rússia.