Portugal concluiu com êxito a última revisão das suas contas, pela troika de credores que reúne UE, BCE e FMI e está a posicionar-se rapidamente como o segundo país apoio da zona do euro, a superar o seu plano de assistência financeira internacional, assim anunciou o governo esta sexta-feira.
A avaliação foi superada abrindo caminho para a conclusão do programa”, congratulou-se o Vice-Primeiro- Ministro Paulo Portas na apresentação das conclusões da missão à imprensa.
O país está agora em condições de dar o passo final em direção a uma saída suave do seu programa de recuperação financeira, marcada oficialmente para 17 de maio.
Portugal vai escolher a sua estratégia de saída do plano de ajuda, durante uma reunião do conselho de ministros extraordinária marcada para domingo a partir das 17.00 GMT, um dia antes da próxima reunião de ministros das Finanças da zona do euro.
Já o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho diz que o país tem duas opções, ou pedir aos seus parceiros europeus uma linha de crédito de precaução, ou optar por uma saída limpa, sem qualquer tipo de rede, ou almofada de segurança para enfrentar os mercados, tal como fez a Irlanda, em dezembro passado.
Mais cautelosa, a ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque recusa-se a confirmar a hipótese mais favorecida pelos analistas, dizendo apenas que ao longo dos últimos três anos, o país tem recuperado credibilidade e confiança, mas tem que encontrar capacidade de se financiar nos mercados, como condição prévia para a conclusão do programa, independentemente da estratégia de saída que se vai escolher.