O primeiro trabalho artístico sobre a Agência Espacial Europeia realizado pelo fotógrafo português Edgar Martins, vai ser exposto em Londres, a partir de 25 de abril.
As imagens documentam desde centros de treino e fatos de astronautas a departamentos de robótica, laboratórios de propulsão a jato, simuladores espaciais, plataformas de lançamento, componentes tecnológicos, satélites e outras salas e equipamentos, sempre vazios, sem pessoas.
O fotógrafo propôs à ESA participar de forma crítica nos programas da agência, desde a microgravidade, à navegação, telecomunicação, exploração lunar, de Marte, de Mercúrio, entre muitos outros, conseguindo um acesso privilegiado a edifícios, empresas parceiras em 15 localizações diferentes espalhadas pelo mundo, desde o Reino Unido à Holanda, passando por França, Alemanha, Espanha, Itália, Cazaquistão ou Guiana Francesa.
O projeto durou 18 meses e o resultado é esta exposição, intitulada “The Rehearsal of Space & The Poetic Impossibility to Manage the Infinite”(“O Ensaio do Espaço e a Impossibilidade Poética de Controlar o Infinito”), vai ficar patente na galeria The Wapping Project Bankside, até 24 de maio, com cerca de 20 fotografias com dimensões que vão dos 40×50 centímetros aos 180×225 centímetros.
Após uma escala em França, a exposição, num formato maior, com 65 fotografias, estará patente em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, a partir de 28 de junho. No próximo ano, a exposição vai regressar ao Reino Unido e continuará em digressão pela Irlanda do Norte, Alemanha, Japão e Estados Unidos. Um livro sobre o trabalho será publicado a 29 de maio.