A deflação é uma razão de preocupação na zona euro e o Banco Central Europeu deve agir assim que esteja tecnicamente preparado e se tal acontecer fará com que o ajustamento dos países da periferia seja ainda mais difícil e isso deve ser evitado de acordo com o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, em Washington, na conferência de imprensa de apresentação do ‘World Economic Outlook’, que inclui as previsões macroeconómicas da organização.
O FMI teme o risco de contágio da crise ucraniana à economia mundial, sobretudo pelo risco de aprovisionamento de combustíveis, pela perturbação na produção e transporte de gás natural ou petróleo em bruto.
Em relação à atuação do BCE, o especialista do FMI considera que o banco central está consciente de que a inflação está abaixo do objetivo de estabilidade de preços que são os 2% e está a considerar medidas que podem incluir taxas de juro negativas e ‘quantitative easing’ designação para a compra de ativos, como obrigações.
Blanchard recusa discutir as medidas que o BCE pode tomar, mas adiantou que todas devem ser consideradas, concluindo que mais cedo é melhor, do que mais tarde e sublinhando que as medidas não convencionais de política monetária devem ser adotadas assim que o BCE estiver tecnicamente preparado.
Quanto a Portugal, o FMI prevê um crescimento económico de 1,2% este ano e um desemprego de 15,7% no final de 2014.