SITUAÇÃO SOCIAL NA EUROPA NÃO MELHOROU APESAR DOS SINAIS DE RECUPERAÇÃO

comissão europeiaA recente recuperação económica não foi ainda capaz de criar novos empregos e a situação social no seio da União Europeia não regista, até agora, melhorias significativas, reconhece a Comissão Europeia, na sua mais recente análise trimestral do Emprego e da Situação Social.
No documento agora divulgado Bruxelas reconhece que as melhorias que se fazem sentir nos mercados de trabalho da União Europeia são ainda pouco significativas, tendo o emprego dado mostras dos primeiros sinais de estabilização em 2013, crescendo 0,1% no segundo semestre do ano, com o setor dos serviços a registar um crescimento positivo e a destruição de postos de trabalho nos setores da construção e da indústria a abrandar e por conseguinte, é demasiado prematuro avaliar se a atual recuperação poderá trazer novos postos de trabalho.
Na análise trimestral também é apontado um aumento esperado dos níveis de pobreza e para uma ligeira melhoria da eficácia das despesas de proteção social em 2013, apesar de o seu impacto ser ainda muito pouco visível, referindo que o impacto estabilizador das despesas com a proteção social continuou a ser muito fraco em 2013, crescendo muito menos do que era esperado.
As diferenças significativas são uma realidade entre os países, por exemplo, na Grécia e em Portugal, o prosseguimento das reformas dos sistemas fiscais e de prestações em 2012-13 provocou cortes nos rendimentos de todas ou da maioria das famílias, lê-se no documento.
Uma outra tendência preocupante assinalada é o aumento permanente das dificuldades financeiras desde 2010, com cada vez mais pessoas a declarar terem de recorrer às respetivas poupanças e, mais recentemente, endividarem-se mesmo para fazer face às despesas quotidianas.
Por outro lado, os dados de janeiro de 2014 mostram que o desemprego continua a registar níveis elevados sem precedentes, com cerca de 26 milhões de pessoas (10,8% da população ativa) na UE à procura de trabalho.