

O presidente da Comissão Europeia propôs uma redução das taxas aduaneiras para os produtos ucranianos, que vigorará para já até novembro e beneficiará a economia do país em cerca de 500 milhões de euros por ano.
Para Durão Barroso, esta proposta é uma medida concreta de apoio à Ucrânia, que espera que possa agora ser adotada pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho e aprovada antes do último plenário [abril], para entrar em vigor em junho.
Ao lado do comissário europeu do Comércio, Barroso fez esta declaração durante uma conferência de imprensa conjunta com Karel de Gucht, em Estrasburgo, mas lembrou que esta proposta não é um substituto do acordo comercial que ficou “congelado” no fim de 2013 e que Bruxelas continua a querer assinar com Kiev, vai potenciar as exportações ucranianas e apoiar “a estabilização financeira e económica” do país.
Bruxelas continua a trabalhar no pacote global de apoio macrofinanceiro à Ucrânia, de cerca de mil milhões de euros, esta medida é apenas uma parte, vai abranger principalmente o setor agrícola, industrial, têxtil e químico e que nalguns casos a descida das taxas aduaneiras é quase total.
Interrogado por um jornalista sobre se a Crimeia também é abrangida por esta nova medida, Karel de Gucht respondeu: “A Crimeia é parte da Ucrânia, portanto vai beneficiar destas reduções. Mas asseguraremos que as regras de origem dos produtos serão respeitadas. Produtos russos vindos através da Crimeia serão excluídos desta medida”.