MANOBRAS MILITARES RUSSAS PROVOCAM ALERTA NA UCRÂNIA

russiaO presidente russo, Vladimir Putin, ordenou exercícios para testar a prontidão de combate das unidades militares do oeste e centro da Rússia.
O anuncio feito pelo ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, dá conta que também colocadas em alerta as forças do 2.º exército da circunscrição militar do centro e os comandos da Força Aérea, Forças Aerotransportadas, Aviação Estratégica e de Transporte, sendo que a circunscrição militar da Rússia na zona oeste do seu território se estende até à fronteira com a Ucrânia.
Vladimir Putin não fez até agora qualquer declaração pública sobre a crise na Ucrânia, desencadeada pela decisão do presidente ucraniano Viktor Ianukovich de suspender a aproximação do país à União Europeia e reforçar os laços com a Rússia.
Nas últimas horas, vários países ocidentais pediram à Rússia que respeite a integridade territorial da Ucrânia, tendo o ministro dos Negócios Estrangeiros russos, Serguei Lavrov, assegurado publicamente que a posição da Rússia é de não-intervenção nos assuntos internos da Ucrânia.
Mas já depois desta declaração, o secretário da defesa britânico, Philip Hammond garantiu em Londres, que o executivo britânico está a acompanhar atentamente todas as movimentações militares russas, apelando a todos os povos para respeitarem a Ucrânia e permitir que o povo ucraniano resolva as suas diferenças internas e determine o seu futuro, sem qualquer interferência externa.
Também o governo norte-americano apelou à constituição de um governo de tecnocratas na Ucrânia para promover a realização de eleições, através duma declaração do porta-voz da Presidência, Jay Carney, que salientou que o Presidente ucraniano, Viktor Ianukovich, “não estava a liderar o país” e que os dirigentes de Washington não podem confirmar a sua localização.
Diplomatas húngaros, checos e eslovacos estão em Kiev, a pedido da UE, para acompanhar a formação da equipa do novo governo provisório, saído do acordo assinado na presença dos mediadores europeus e que prevê a antecipação das eleições presidenciais, a formação de um governo de coligação e uma reforma constitucional.
Após a assinatura, o parlamento ucraniano aprovou uma série de leis, incluindo a destituição de Ianukovitch, a sua substituição interina por Olexandre Tourtchinov, e a convocação das eleições para 25 de maio.
O secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, também já afirmou que a Aliança Atlântica está preparada para ajudar a Ucrânia a avançar nas reformas democráticas, numa declaração feita à entrada para a reunião ministros da Defesa na sede da organização, em Bruxelas.